Viver não é uma necessidade
A ânsia da vida por si mesma não é viver, é ciência, é biologia. Viver não é ansiar em procriar em dar característica para outros corpos que virão, ocupando os lugares deixados. Isso é perpetuação da espécie, é alguma coisa misturada com ciência e religião.
Viver é todo dia acrescentar alguma coisa de novo na vida. É criar algo que marque, e deixe profundamente registrado na memória de outros, algumas vezes engrandecido pela História. Não é perpetuar heróis, os homens ou mulheres, mas aprender, mais do que ensinar, o que eles aprenderam e nós aprendemos a subir em seus ombros e continuar.
Viver não é necessário, porque isso tudo já fazemos, queiramos ou não. Mesmo aqueles que vivem com amargura, vivem seu dia a dia, e aprendem a sobreviver os contratempos, que ou estão em suas mentes ou são trazidos para dentro de si, nesse embate de corpos, de situações.
Alguns desistem de viver, porque simplesmente abandonam a sala do aprendizado, querendo saber as respostas, antes mesmo de aprender a formular as perguntas: de onde eu vim, para onde eu vou?
Não importa saber de onde você veio, porque simplesmente você está aqui. O futuro, esse substantivo criado pela expectativa de se fazer eterno, e que não existe, ele simplesmente vem, é o encontro com a segunda pergunta: para onde eu vou?
É essa escolha que é viver. Preparar o presente, se perguntando das estratégias, dos atalhos que vamos aprendendo ao longo do tempo, no encontro do futuro.
Alguns dizem que é destino. Mas, o nosso destino é superar cada dia, como se preparássemos o dia seguinte.
Criar um fato novo a cada dia, uma expectativa, um projeto, e sempre levá-lo adiante, mesmo que, por um azar, um contratempo, ele não progrida, mas vale mais a vida, que é tentar todos os dias.
Fonte da foto: Photo by Fabio Comparelli on Unsplash
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