Apresentação

Saudações

          Sou carioca e moro, atualmente, em Juiz de Fora. Morro de saudades da minha terra, mas, lá está muito difícil de viver (fiz um post onde mostro minha saudade, um poema imenso). Morei no morro do Catumbi, antes era favela, hoje comunidade. Chegava imundo em casa, de tanto jogar futebol, e quando estou triste volto até aquele lugar, em pensamento, e me imagino sentado na rua olhando a cidade lá embaixo.
          Me graduei em Literatura pela UERJ e fiz em Juiz de Fora especialização em Estudos Literários pela UFJF. A partir de 2008 passei, de fato a escrever, de verdade. Tenho alguns textos premiados, inclusive menções honrosas, que acho importantes, é sinal que o seu texto agradou dentre trezentos, seiscentos, sei lá.
          Para falar um pouco de mim, posso dizer que eu me esqueço das coisas, sou desligado, me abstraio com facilidade. Não porque meu HD seja insuficiente, mas ele é impaciente. Impaciente para guardar coisas que podem ser consertadas: eu posso voltar para desfazer uma compra, para comprar o que não lembrei, desfazer, para pegar o ônibus seguinte, para remarcar a oficina do carro, mas, tenho compromissos, sou um cara pontual. E, por falar neles, vão continuar lá, a menos que aconteça um terremoto. Aliás, se acontecer, só gostaria de lembrar os procedimentos de segurança – esses sim, importantes de serem lembrados (como eu nunca morei em lugar com terremoto…). O dia que eu morrer, com certeza, vou ter esquecido de fazer algo, e podem acreditar, se eu estiver sorrindo, vou garantir que ri melhor quem ri por último.
          Gosto de lavar louça, de comprar em mercados. Tenho uma rotina que liquida uma lista em quinze minutos (às vezes troco algumas coisas, mas são os riscos).
          Gosto de alface (adoro), sopa de legumes, tabule, filé suíno assado e caldo verde. E de tempero de comida com vinho e azeitonas, acho que combinam. Não bebo, somente um vinho de vez em quando, cerveja nem sempre. Também não fumo.
          Não tenho religião. Acho Deus uma figura distante. Aprecio a tese de Santo Agostinho sobre Deus ser uma espécie de dejà vú, um lugar onde parece que já estivemos, quando olhamos o mundo e temos a impressão de que não está certo, e isso só é possível porque podemos comparar com aquele lugar onde a paz existe. Fé, para mim, é acreditar sem nunca ter visto, falado ou ouvido. Não sei quem disse que: “Para aqueles que não acreditam, nenhuma explicação é suficiente. Para aqueles que acreditam, nenhuma explicação é necessária”.
          Gosto de escrever, muito. E ler. Tenho crises de abstinência. Quando não tenho um bom texto para desenvolver, me considero o sujeito mais burro do mundo. Não gosto mais de aulas, normalmente brigo com quem está me ensinando, acho que sempre dá para fazer de um jeito diferente. Gosto de criar, inventar, andar no mundo que ninguém conhece, escrever de trás para frente, só para saber no que vai dar (é claro que não faço isso, não sou maluco!). Fazer caminhos de volta para casa de outros jeitos, descombinar a camisa com a calça e sou egocêntrico.

Bem-vindo a todos que queiram conhecer as coisas que eu escrevo.

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Nilson Lattari

Nilson Lattari é carioca, escritor, graduado em Literatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Gosta de escrever, principalmente, crônicas e artigos sobre comportamentos humanos, políticos ou sociais. É detentor de vários prêmios em Literatura

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