O matador
O Matador é a primeira produção nacional da Netflix. As críticas, em geral, não foram muito boas sobre ele. Decidi, mesmo assim, assistir ao filme e, confesso, fiquei surpreso por alguns motivos. Como é diferente a filmografia, a maneira de narrar, ao contrário de alguns filmes nacionais! Não sei se a fotografia é que dá uma certa atitude mais adulta ao filme nacional, mas, o filme é diferente. Há uma mistura de faroeste italiano, e, apesar de ser um filme de época (Pernambuco, 1910), durante o período pós-Lampião e Maria Bonita, O Matador (título pouco original) me surpreendeu. Até mesmo por essa mistura de cangaço e os pistoleiros de cartucheira à Velho Oeste americano. Por isso o ar de “faroeste spaghetti” a que me referi, que foi uma série de filmes onde italianos reproduziram os filmes de faroeste e deram, de certa forma, uma bagunçada no negócio.
O mais interessante, contudo, é a história, o enredo. Eu o defini como uma meta história, ou uma meta contação de histórias, que é quando algum fato relata sobre si mesmo.
Sem querer causar spoiler, eu diria que é a história de um contador de histórias, mas, ele conta uma história que continua, que não para.
É um pouco complicado, mas, o final é muito interessante.
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